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Literatura - A Forja Irônica

Ricardo Pasqual

A Forja Irônica  


A forja Irônica texto de Ricardo Pasqual

Repousado …de olhos semiabertos…vislumbrando o livro que deveria  estar lendo…
Pensamentos  turbilham em meio à frágil linha entre o sono e despertar…entre a realidade e mundo onírico… será que minhas tentativas de não amargar pelas paredes encardidas de meu espírito se tornarão infrutíferas?
Todo dia, no ensaio de esconder a aspereza da minha alma, visto a máscara da felicidade… do sorriso interminável… da alegria espontânea… da despreocupação aparente…
Ahhh!  Se soubessem… que essa máscara está cada vez mais difícil de carregar, que tenho ânsia de arremessá-la para o mais longe de mim,  que minhas angústias escorrem e transbordam por detrás do júbilo em minha face… se soubessem…
Ser ou não ser… às vezes penso que seria  melhor não ser… parar de envenenar –me aos poucos e tomar por fim o gole fatal do cálice de cicuta… covardia? Talvez… talvez mais covarde seja “suportar os males que já temos, a fugirmos pra outro que desconhecemos” no fim, a mera  “reflexão faz todos nós covardes”. Talvez o que todos temam, de que a linha entre vida e morte culmine em um simples não mais existir… talvez…. este temor me seja um alívio…
Que inveja tenho daqueles que tomaram a pílula azul e vivem no seu mundo de ilusão… felizes e contentes com as sombras da realidade projetadas na parede de suas vidas… felizes são essas pessoas… uma falsa felicidade de um mundo despreocupado e inexistente? Que seja, felizes elas estão… sei que um dia se eu  encontrar a felicidade, não será a mesma… talvez melhor… talvez pior… talvez ausente…talvez uma felicidade tão infeliz que prefira voltar à minha amargura.
Mas quando foi me dada essa escolha, quando optei pela droga vermelha da verdade?
Talvez esse desagradável remédio  já tenha vindo com meu âmago, já tenha vindo encrustado em minha alma… talvez esse seja o defeito da forja elemental  que num golpe de ironia fraguou uma alma inquieta e eternamente descontente.
Poema originalmente publicado no Blog  Maligna Cura em 8 de janeiro de 2013, sendo reproduzido integralmente aqui com a devida autorização do autor. 

Fica registrado desde já o nosso agradecimento pela generosa contribuição.
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