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    O que é a Forja

    Nos tempos do ORKUT, quando conservadores se reuniam em grandes comunidades, a Forja surgiu com o desejo de manter acesa a chama do livre debate

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    A 1ª postagem da Forja foi publicada em 2009, convidando a uma reflexão sobre nosso sistema educacional

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Religião - Apologistas do Natal

Por que seria importante saber se Jesus realmente teria nascido ou não no dia 25 de dezembro?

imagem de natal

Todos os anos, ao nos aproximarmos desta data, reacendem as discussões sobre o nascimento de Jesus. Teria ele nascido mesmo no dia 25 de dezembro? Ou a data foi escolhida por já acomodar uma comemoração existente em Roma para dessa forma ser melhor aceita pela imposição do Império Romano? 
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Economia - Mais do Mesmo

Ideologia partidária se sobrepõe aos interesses da economia

LevyXBarbosa

A melancólica saída do Doutor Joaquim Levy do Ministério da Fazenda não chega a ser uma surpresa para o mercado. A saída em si, apesar de ser tão recente (foi agora à tarde, 18/12, depois do fechamento das operações da bolsa) já está plenamente absorvida pelo mercado, uma vez que a expectativa de sua saída vem sendo alvo de  especulações há meses. O que realmente preocupa o mercado é seu substituto. Por insólito que possa parecer, não é a formação acadêmica do atual Ministro da Fazenda e ex-Ministro do Planejamento que deixa o mercado de orelhas em pé. Até pelo contrário. Se dependesse apenas da análise de seu currículo, o também Doutor Nelson Henrique Barbosa Filho estaria aprovado com louvor.
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Justiça - "Fachinadas"

Senador foi solto depois de se concluir que ele não cometeu os crimes que planejava cometer

Fachin

O Senador Delcídio do Amaral, então líder do Governo no Senado Federal, foi preso no dia 25 de novembro após o Meritíssimo Sr. Juiz Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal tomar conhecimento de uma gravação onde o Senador manifestava a intenção de cometer vários crimes, tendo o decreto intempestivo da prisão impedido que o Senador produzisse a materialidade dos fatos pretendidos na conversa. Segundo trechos da gravação, entre os crimes pretendidos estaria a facilitação da fuga de Nestor Cerveró.
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Política - O Grande Golpe!

Em 1992 a incompetência de um Presidente envolvido em casos de corrupção sofreu um duro golpe

Fernando Collor com a faixa presidencial

Em 1992 a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) juntamente com a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), tendo o apoio da Confederação Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), da Central Única dos Trabalhadores e das principais entidades de representação de classe do país, aplicaram um golpe. Em Junho daquele ano a OAB deu entrada no pedido de impeachment de Fernando Collor. Em setembro Collor renunciou para não ter seus direitos políticos cassados.
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Justiça - O Senador e o Juiz

Judiciário afirma sua independência perante os demais poderes da República.

Delcídio Amaral

Normalmente eu evito o uso da primeira pessoa em meus artigos. Mas hoje me faço uma concessão. Preciso confessar que andava meio desiludido com as investigações sobre os caminhos da corrupção no país, das intermináveis fases em que a Operação Lava-Jato vinha sendo divididas, sempre com nomes apelativos e poucos resultados dignos da importância dos fatos apurados.
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Economia - Síndrome de Estocolmo


#somostodossamarco

Dois assaltantes invadem um banco em Estocolmo e mantém quatro pessoas reféns durante seis dias. Ao contrário do que se poderia esperar, as vítimas recusam a ajuda da polícia, usam seus corpos como escudo para protegê-los e culpam ao Estado pela situação. Uma das vítimas vai ao extremo de criar um fundo para ajudar aos assaltantes nas despesas judiciais, após terem sido libertadas.
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Religião - Meandros da Fé

Reações as mais diversas passeiam entre a contida repreensão e a maldição impregnada de um ódio vingativo.

Islã sofre preconceito na Europa


Há um sentimento de profunda revolta no ar. Reações as mais diversas passeiam entre a contida repreensão e a maldição impregnada de ódio vingativo. É muito difícil à uma pessoa comum manter-se neutra sobre o assunto.
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Economia - Fim do Plano Real

A base fundamental do Plano Real foi a credibilidade 

Real sem credibilidade

Credibilidade! Uma palavra muito debatida ultimamente. As pessoas precisam acreditar que você seja capaz de cumprir aquilo que promete. Quando você abre uma conta em um banco por exemplo, você precisa mostrar que é a pessoa que diz ser e que reside onde diz que mora. Mas principalmente, precisa provar que ganha aquilo que declara em termos financeiros, afinal bancos vivem de guardar o dinheiro dos outros e, se não houver dinheiro para guardar, um banco não se interessará por você. Não tendo dinheiro em um banco, dificilmente um banco lhe dará algum crédito. O tamanho do crédito que você pode ter vai depender de quanto você pode guardar no banco.
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Justiça - Fatiamento da Lava-Jato

No caso Gleisi Hoffmann, houve o "fatiamento" na investigaçaõ do esquema de corrupção e não da Lava-jato 

Fatiamento Da Lava-Jato

Voltar à vaca fria sempre é bom. Até para fugir um pouco ao calor das discussões, quando todo mundo quer ter razão e ninguém ouve ninguém. No caso do alegado "fatiamento" da Lava-Jato voltar ao assunto se torna oportuno, na medida em que encontramos ainda muitas deturpações devidas à incompreensão dos trâmites jurídicos que envolve as investigações. 
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Educação - Eu, Professora

Por Valéria Moura

Eu, Professora

No Colégio Estadual Júlia Kubtschek

Tudo começou em 1980.
Eu era adolescente, e logo conheci prós e contras que a carreira apresenta...
Fazia estágio do curso Normal em uma carente e problemática escola estadual...
Fui me apaixonando e me desesperando.
A alegria de ajudar na alfabetização, ia se contrapondo com as inúmeras dificuldades que necessitavam mais do que eu poderia dar de verdade...
Faltava minha competência técnica, e dos governantes o compromisso político.
Eu não resolveria o problema apenas com meu pouco conhecimento e coração amigo...

Assim, logo senti a necessidade de aperfeiçoamento e ingressei direto na faculdade.
Pedagogia foi meu curso escolhido e lá fiquei sabendo que o mesmo tinha fama de " pega marido".
Já era um prenúncio de como os governantes encaravam a profissão.
Mas fui em frente e não desisti não.
Entrei para o magistério estadual e municipal lá da Baixada e foi aí que quase fiquei desesperada.
Chovia dentro da sala de aula...
Crianças famintas, querendo mais que a tabuada.
Eu ainda tinha que conciliar trabalho com faculdade e precisei morar longe da família e morria de saudade. Não havia telefone, nem internet.
Ficava sem notícias e eram constantes minhas preces.

Aprendi a conciliar os conhecimentos com a realidade que eu ia vivendo.
E fui batalhando e me envolvendo e chorei emocionada ao ver os alunos lendo.
E fui compreendendo o tal descaso governamental ...
Professor é gente, é bacana e batalha por um mundo mais igual.
Mas não paga as contas o tal nobre sentimento e até hoje não considero justo o meu pagamento.
E nesta estrada tão longa percorrida ainda vi gente sofrida.
Vi criança que sofreu maus tratos, sem concentração pra nenhum aprendizado.
Vi criança sonhando com lápis de cor e muitas mesmo sofrendo com a falta de amor...

Resolvi me aperfeiçoar no mundo das letras, era tenra ainda na idade e com muita coragem concluí a segunda faculdade.
E mudei de segmento, acreditando em uma nova experiência enriquecedora.
Orgulho-me sempre de ser chamada de PROFESSORA!
As dificuldades sempre foram desafiadoras e nunca entreguei os pontos ,encarava-as como enriquecedoras.
Até atuei em escola especial e pude conviver e refletir sobre o que realmente é ser ""normal"...
Uma grande emoção foi trabalhar com formação de professores!
Aquela convivência trouxe à tona sentimentos muito inspiradores.
E lá trabalhei em projeto de âmbito nacional, capacitando auxiliares de creche, fortalecendo o empenho profissional.
Eu os vi, resgatando a autoestima. FOI SENSACIONAL!!!
Muitos alunos me viram como inspiração e fico feliz ao constatar que seguem confiantes na profissão.

Mas minha grande tristeza não posso deixar de aqui registrar.
Foi quando vi os rostos de alunos estampados em jornal popular...
Foram assassinados brutalmente ...
Sei que não eram inocentes...
Dói aqui no peito só de lembrar que a escola não conseguiu resgatá-los e isso me faz até hoje chorar...
Trabalhei em escola bem próxima à comunidade carente e violenta.
Já me escondi embaixo da mesa,com medo da bala que se desorienta.

Tive que me adaptar á tecnologia pois sou do tempo em que nem telefone a escola tinha.
E fui ensinando e aprendendo, dando força e também recebendo.
Em momentos muito tristes de minha vida foram os alunos, às vezes sem perceber, que me orientaram na saída.

Hoje estou aposentada e com a consciência tranquila de uma profissional realizada.
Trabalhei com gente e ajudei a construir uma melhor sociedade.
Nos olhinhos brilhantes dos alunos, EU VI A ETERNIDADE!!!
Que os amigos da ativa, possam ter muita força para os desafios vindouros.
Todas as profissões nascem da nossa, por isso VALEMOS OURO!!!!!!!!!!

Professora Valéria Moura

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Este texto é uma contribuição da Professora Valéria Moura e está desde já sob Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Originalmente publicado na linha do tempo de seu perfil no Facebook em 15 de outubro de 2015, Dia dos Professores, sendo reproduzido integralmente aqui com a devida autorização da autora. 

Fica aqui o registro de nosso agradecimento pela generosa contribuição.
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Política - O Nó do Decreto 8.515

Decreto 8515/15 - É um prerrogativa legítima do Presidente da República delegar funções aos seus Ministros de Estado

Jaques Wagner, Ministro de Estado da Defesa

Até o ano de 1.999 as Forças Armadas eram subordinadas a três (3) Ministérios Militares distintos (o da Marinha, o do Exército e o da Aeronáutica), que por sua vez respondiam única e exclusivamente ao Presidente da República na função cumulativa e constitucional de Comandante em Chefe das Forças Armadas. 
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Jornalismo - Seja Honesto

Fariam bem os que agora vem somar aos que já estavam, se repensassem a forma como defendem seus ideais de um Brasil melhor.

Reacionário hostiliza petista em manifestação que pretendia ser pacífica

Durante a campanha eleitoral do ano passado, os que eram contra a continuidade do governo que aí está foram duramente agredidos ao manifestarem suas posições nas redes sociais. Havia um clima de claro desrespeito ao direito democrático dos indivíduos externarem suas opiniões. 
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Jornalismo - Maus Exemplos

Na medida em que a crise justifica a demissão de bons profissionais, aumenta o exercício do mau jornalismo.

Professor Karl Hart vítima de fake news
Doutor Carl Hart

"Um passarinho me contou". É com esta justificativa que o jornalista Bruno Ferrari, colunista da Revista Época publicou um artigo em sua coluna "Experiências Digitais". O artigo é ilustrado por uma foto evidentemente tirada no Japão, mas fala de um caso alegadamente ocorrido em São Paulo. A foto é um sinal evidente de que o corpo da matéria foi construído em frente ao computador com ajuda do buscador de Imagens da Google

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Economia - Estaleiro Mauá, o Fim

Demissão dos 2.000 trabalhadores remanescentes decreta o fim das atividades no Estaleiro Mauá

Logotipo Estaleiro Maua

Errei meu último prognóstico. Acreditava que o Estaleiro Mauá ainda pudesse ter uma chance de continuar. Que a chantagem sobre o governo quanto ao número crescente de desempregados no estado do Rio de Janeiro e no país ainda fosse prevalecer. Mas a avalanche provocada pela ação coletiva levada adiante pelo Ministério Público do Trabalho, com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói (outra surpresa para mim), tornou insustentável a manutenção do estaleiro. Ao fim, aconteceu o que o dono queria.
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Jornalismo - A Pauta é Responsabilidade

"Grandes poderes trazem grandes responsabilidades" (Ben Parker - The Amazing Spider Man #1, 1963)  

liberdade com responsabilidade

Muito se tem discutido os limites da liberdade de expressão. Fala-se inclusive que se há que se impor limites ao que possa ser expresso, então não há uma verdadeira liberdade no sentido lato da palavra. Por outro lado o comportamento ético, no contexto de uma democracia de fato, exige que a cada direito deva proceder um dever equivalente. 
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Literatura - A Forja Irônica

Ricardo Pasqual

A Forja Irônica  


A forja Irônica texto de Ricardo Pasqual

Repousado …de olhos semiabertos…vislumbrando o livro que deveria  estar lendo…
Pensamentos  turbilham em meio à frágil linha entre o sono e despertar…entre a realidade e mundo onírico… será que minhas tentativas de não amargar pelas paredes encardidas de meu espírito se tornarão infrutíferas?
Todo dia, no ensaio de esconder a aspereza da minha alma, visto a máscara da felicidade… do sorriso interminável… da alegria espontânea… da despreocupação aparente…
Ahhh!  Se soubessem… que essa máscara está cada vez mais difícil de carregar, que tenho ânsia de arremessá-la para o mais longe de mim,  que minhas angústias escorrem e transbordam por detrás do júbilo em minha face… se soubessem…
Ser ou não ser… às vezes penso que seria  melhor não ser… parar de envenenar –me aos poucos e tomar por fim o gole fatal do cálice de cicuta… covardia? Talvez… talvez mais covarde seja “suportar os males que já temos, a fugirmos pra outro que desconhecemos” no fim, a mera  “reflexão faz todos nós covardes”. Talvez o que todos temam, de que a linha entre vida e morte culmine em um simples não mais existir… talvez…. este temor me seja um alívio…
Que inveja tenho daqueles que tomaram a pílula azul e vivem no seu mundo de ilusão… felizes e contentes com as sombras da realidade projetadas na parede de suas vidas… felizes são essas pessoas… uma falsa felicidade de um mundo despreocupado e inexistente? Que seja, felizes elas estão… sei que um dia se eu  encontrar a felicidade, não será a mesma… talvez melhor… talvez pior… talvez ausente…talvez uma felicidade tão infeliz que prefira voltar à minha amargura.
Mas quando foi me dada essa escolha, quando optei pela droga vermelha da verdade?
Talvez esse desagradável remédio  já tenha vindo com meu âmago, já tenha vindo encrustado em minha alma… talvez esse seja o defeito da forja elemental  que num golpe de ironia fraguou uma alma inquieta e eternamente descontente.
Poema originalmente publicado no Blog  Maligna Cura em 8 de janeiro de 2013, sendo reproduzido integralmente aqui com a devida autorização do autor. 

Fica registrado desde já o nosso agradecimento pela generosa contribuição.
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Política - O Cérebro por Trás do Esquema

Com um atraso de mais de dez anos, começa a ser desmantelado o esquema de corrupção que deu origem ao Mensalão

Urna eletrônica José Dirceu

Finalmente, podemos dizer que o Mensalão acabou. A prisão de José Dirceu decretada nesta segunda-feira, está baseada em subsídios suficientes para desmontar completamente o esquema que sustentou o maior caso de corrupção deste século. Ainda falta alguém se dispor a investigar a todos que de fato receberam pagamento para votar a favor do governo.
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Artes - Paisagens Expostas

Mostra gratuita com paisagens retratadas por grandes artistas ingleses na Pinacoteca do Estado de São Paulo

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Promovendo uma oportunidade imperdível para quem admira a arte dos grandes pintores ingleses, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, museu pertencente a Secretaria de Cultura do Estado, está com a exposição "A Paisagem na Arte: 1690-1998. Artistas Britânicos na Coleção da Tate" numa parceria entre a Pinacoteca e a Tate Gallery de Londres, com entrada franca durante todo o período da mostra. A parceria pretende celebrar os 110 anos do museu mais antigo do estado de São Paulo.

Pinacoteca do Estado de São Paulo tem entrada livre até Outubro

São mais de 100 obras que marcaram os momentos históricos da Grã Bretanha através de paisagens retratadas por seus mais renomados artistas entre os séculos XVIII e XX.
"Grande parte dos paisagistas britânicos influenciaram direta ou indiretamente a representação da paisagem de outros países, até aqueles mais distantes, como poderá ser observado pelo visitante ao percorrer o acervo permanente da Pinacoteca, no 2º andar do edifício da Luz"
- Tadeu Chiarelli, Diretor Geral da Pinacoteca.
A Pinacoteca do Estado de São Paulo fica na Praça da Luz nº 2, no Bom Retiro, região central e a mostra está aberta à visitação de terça a domingo, das 10 às 17:30 até o dia 18 de outubro.
 A pinacoteca do 
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Educação - Dinheiro Imaginário

Dilma Rousseff disse que iria investir 75% dos royalties do pré-sal em educação. E você acreditou

"Ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos, mais investimentos."  
Dilma Rousseff, em discurso de posse
Ministro da Educação

Em que pese a melhor das intenções da presidente, diz o ditado que de boas intenções o inferno está cheio. Afinal Dilma Rousseff assumiu um compromisso de campanha fundamentado num dinheiro que não existia na época e que agora se tornou ainda mais distante a possibilidade de que venha a existir.

Enquanto ela rebatia a argumentação de Marina Silva em um debate, anunciando as perspectivas de arrecadar 350 bilhões de reais oriundos do pré-sal nos próximos 35 anos (10 bilhões por ano, numa conta redonda), o site oficial da Petrobrás anunciava ainda a necessidade de um investimento orçado em 43, 5 bilhões de dólares (143,5 bilhões de reais na cotação de hoje) até 2018 (ou sejam, 35 bilhões de reais por ano), antes que o pré-sal pudesse atingir uma capacidade de produção economicamente significativa. O pré-sal hoje responde por apenas 5% de toda produção de petróleo, em estimativa otimista da companhia. É como contar com o ovo antes da galinha deitar no ninho.

Era evidente que as contas da presidente não batiam com o que fora divulgado no site da empresa. Ainda que se considerassem a manutenção dos investimentos previstos pela Petrobrás juntamente com a projeção de arrecadação divulgada durante o debate, eles jogavam a perspectiva de investimento na educação com o dinheiro do pré-sal para depois do término do segundo mandato da presidente eleita. O problema era saber o que seria feito da educação neste meio tempo, isto é, nos quatro anos efetivos do governo Dilma.

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Economia - Semana Ruim de Eike Batista

Economia - O Conto do Vigário

A resposta veio num choque de realidade tão dramático que não poderia ter sido previsto pelo mais pessimista dos analistas. O governo promoveu uma política de corte de gastos que atingiu em cheio a pasta da educação, com uma tesourada na ordem de 7 bilhões no custeio das universidades federais em janeiro, mal começara o mandato, e de mais 9,4 bilhões em maio, agora na área dos investimentos. Muitas das universidades que sequer conseguiram fechar as contas no ano de 2014 se ressentem do arrocho e denunciam a inviabilidade de se manterem sem os subsídios.

É neste cenário que o atual Ministro da Educação, o Excelentíssimo Senhor Renato Janine Ribeiro, em vídeo postado no Facebook agora em julho resolveu ressuscitar o sofisma do discurso eleitoreiro da presidente, usando-o para criticar o Projeto de Lei proposto pelo senador José Serra. Diz ele que o projeto, que versa sobre a liberação da obrigatoriedade da Petrobrás ser a única operadora do pré-sal e de ter que participar de 30% de todo o investimento nessa área. O Ministro diz que tal Projeto de Lei ameaça fazer com que os "75% dos royalties que iam para a educação deixem de ir para este tão nobre fim".

Considerando-se que a diretoria da Petrobrás se vê forçada a reduzir drasticamente seus investimentos no pré-sal e que por conta disso diminuiu a expectativa de produção projetada já para 2020 em 500 milhões de barris, o Ministro estaria falando de 75% de quê exatamente?

Ora, sua excelência não sabe que os royalties são os royalties e que devem ser recolhidos ao Estado, que é o proprietário da riqueza mineral a ser explorada, não importa quem venha a explorá-la? E que se a Petrobrás, enquanto única legalmente autorizada a operar na exploração do petróleo em águas profundas, não puder explorar estes campos por restrições orçamentárias não haverá royalties dos quais possam sair os tais 75% para a educação?
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Política - Caindo na Matrix

O maior esquema de corrupção de um país começa pela exploração da miséria.


Saindo da Matrix para a realidade

Em 2003 começava a ser posto em prática no Brasil o audacioso projeto do Partido dos Trabalhadores de se manter por (pelo menos) 20 anos no poder. Seus idealizadores traziam na bagagem a experiência de outro país em que isso já acontecera. Impossível não lembrar da invejável longevidade de  Fidel Castro que já governava Cuba por 44 anos. Em uma carta endereçada ao então presidente Hugo Chávez da Venezuela, supostamente escrita por Fidel Castro, estaria detalhada a maneira de se manter por tanto tempo no poder. Seja a autoria verdadeira ou falsa, o certo é que Chávez se manteve fiel à receita ali detalhada e estaria no poder até hoje, não fosse ele acometido da doença que abreviou-lhe a vida. Olhando para os últimos 12 anos do governo petista, não seria demais imaginar que aqui também estivesse em andamento um esquema semelhante, dadas as muitas coincidências verificadas.
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Economia - Estaleiro Mauá, Ainda Não é o Fim

Boas e más notícias para o setor da construção naval: Estaleiro Mauá promete reabrir em breve.

logotipo Mauá fechado
Como você se sentiria se pudesse abrir uma empresa onde não fosse obrigado a investir em novas tecnologias? Onde não fosse preciso buscar a diversificação ou novas metodologias de trabalho, nem buscar o aperfeiçoamento da gestão empresarial, nem nada disso de que depende a sobrevivência das grandes empresas? Se você pudesse continuar a cometer os mesmos equívocos que no passado levaram empresas no mesmo ramo a fechar as portas e mesmo assim continuasse contar com crédito ilimitado no mercado, não importando o quão primários fossem os erros empresarias cometidos? E mesmo assim continuasse a ter prioridade em contratos milionários com a maior empresa estatal brasileira, sem o risco de ser incomodado pela concorrência de empresas estrangeiras? Provavelmente você julgaria ter alcançado o paraíso comercial.

Pois é exatamente assim que se sentem os donos de estaleiros navais. Não importa o que eles façam de suas empresas ou quantos erros administrativos eles cometam, o governo sempre estará disposto a garantir-lhes a sobrevivência em nome da manutenção dos empregos gerados pela indústria naval. Em última instância, é como se os empregados na construção naval fossem reféns de uma situação política, mera moeda de barganha nas mãos de especuladores, onde as concessões pode chegar a bilhões de reais.

Crise do setor naval é mais caótica do que possa parecer

Bilhões de reais! Eis aí uma boa razão para alguém abrir um negócio que sabe estar fadado à falência desde o começo. Sim porque, tendo uma única empresa consumidora, por maior que ela seja, é fato que em algum momento ela terá o suficiente, chegando ao ponto de não precisar mais encomendar seus produtos, como aconteceu no passado (clique aqui para saber quando e como). E aí nem todo o protecionismo do governo seria capaz de ajudá-lo. A não ser que você diversificasse, aperfeiçoasse a gestão, investisse em novas metodologias de trabalho e buscasse novas tecnologias, ajustando sua empresa para competir com o proeminente mercado externo. Todas estas obrigações as quais estão sujeitas as grandes empresas na luta pela sobrevivência, obrigações das quais você estaria fugindo ao escolher abrir um estaleiro no Brasil.

O Estaleiro Mauá fechou as portas (no dia 3 de julho) uma semana depois de ter demitido 1.400 funcionários (leia aqui). Mas não se preocupem. Ainda não é o fim. O estaleiro ainda tem de entregar a Transpetro três navios que estão inacabados. Navios estes que, por pior que sejam seu acabamento e sua qualidade, ainda fazem parte importante da estratégia da Petrobrás e do governo, para escoamento de uma super produção que ela jura que virá em breve.

A demissão em massa foi apenas um aviso ao governo, como a sinalizar que eles não estão brincando. O fechamento foi um blefe. Um blefe arriscado é verdade, mas nada demais para quem já ganhou muito e a rigor não tem nada a perder com o fechamento da empresa, até pelo contrário.

Imediatamente a máquina foi posta em movimento. Setores que se locupletam da proposta aventureira de reabertura dos estaleiros já se mobilizaram e eis que os sindicatos da classe se puseram a convencer aos empregados de que agem no melhor de seus interesses quando organizam uma passeata em direção à Petrobrás e Transpetro com uma rápida passagem em frente a Caixa Econômica. Mas por que marchar em direção às estatais em vez de cobrar diretamente aos patrões, os verdadeiros responsáveis pelo fechamento? O objetivo é claro: exibir seus trunfos, os trabalhadores, perante o governo. Simples chantagem.

 O governo vai ceder, o estaleiro talvez reabra e o dinheiro volte a correr para os bolsos dos especuladores e a mídia tratará de convencer a opinião pública de que isso seja o melhor para o país.
E todos ficarão felizes até a próxima crise, que provavelmente ainda não será a última. Como já ficou demonstrado, a derradeira crise na construção naval será quando a Petrobrás e a Transpetro não tiver mais onde colocar navios e plataformas e suspender as encomendas definitivamente.
Então fiquem tranquilos. Ainda não é o fim.
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Esportes - O Futebol Ainda é um Esporte Bretão

No esporte bretão, ganha quem conseguir ser mais bretão

jogadoras de futebol disputam a bola

Depois da derrota do Brasil pelo Paraguay continuei na frente da TV para assistir a partida entre Inglaterra e Canadá pela Copa do Mundo de Futebol Feminino que está se desenrolando agora no Canadá. Torci pelas anfitriãs mas no final tive de admitir que o futebol continua a ser um esporte bretão. E não somente pela Inglaterra ter vencido o jogo pelo placar de 2 a 1.
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Economia - Estaleiro Mauá, o Começo do Fim

Especuladores financeiros reabriram estaleiros para arrancar o que fosse possível da Petrobrás e da Transpetro.

crepusculo_do_estaleiro_maua

Conforme a FORJA já havia previsto (Leia em "O Sequestro de 3.200 Trabalhadores" e "O Brasil e a Construção Naval") começou a derrocada da proposta aventureira de revitalização da construção naval no Brasil. Aproveitando-se de linhas de crédito abertas a perder de vista especuladores travestidos de empresários arrancaram o que foi possível da Petrobrás, do BNDES, da Caixa Econômica, dos Fundos de Pensão dos trabalhadores e agora vão fechar as portas sem entregar as encomendas contratadas, como se nada tivesse acontecido nos últimos dez anos.

O Estaleiro Mauá (que passou a se chamar EISA Petro-UM para fugir dos credores) é uma empresa do Grupo Synergy de German Efromovich.

Na semana em que o Synergy Group perdia uma batalha comercial na Europa pela compra da empresa pública de transportes aéreas portuguesa (TAP), o Estaleiro EISA Petro-Um pagava somente 70% dos salários de seus funcionários. O Grupo havia oferecido 350 milhões de Euros, sendo 250 milhões em dinheiro. Isso fez circular entre os "colaboradores" do EISA Petro-Um a piada de que eles estariam emprestando dinheiro ao Grupo Synergy, consequentemente "colaborando" para uma boa causa. O que ao fim não está muito longe da verdade.

Tendo perdido a licitação o Grupo Synergy ao menos teoricamente passaria a contar com este dinheiro em caixa para outros usos mais urgentes. Mas em vez de realocar os recursos disponíveis para solver as dificuldades financeiras de uma das empresas do grupo, tratou de conseguir outro empréstimo com o aval do governo para pagar os 30% restantes, seguindo a cartilha de negócios de German Efromovich. Por que gastar o meu dinheiro se eu posso gastar o seu?

Acontece que a condição imposta pelo governo para entrar em mais esta ratatúia como avalista de negócios privados, que seria a garantia de manutenção dos postos de trabalho, foi esquecida em menos de duas semanas. O Estaleiro EISA Petro-Um demitiu nos dias 23 e 24 de junho cerca de 1.400 funcionários, deixando implícita a ameaça de demitir o restante se o governo não intervir junto aos bancos públicos e privados no sentido de haver mais liberação de verbas.

1.500 funcionários demitidos. Estaleiro alega "grave crise financeira"

O Grupo Synergy jamais desviará recursos de suas outras empresas ou se desfará de ativos para salvar aos estaleiros. Por uma razão bem simples de ser entendida. Os estaleiros brasileiros reabriram já fadados à falência. Qualquer um que tenha lido o relatório do BNDES emitido no ano de 1997 sobre as razões da falência dos estaleiros naquela época, vendo a história se repetir, sabe disso. Efromovich jamais fez qualquer investimento de peso no sentido de modernizar os estaleiros navais de seu conglomerado. Não que não faltasse boa vontade do governo e das instituições financeiras públicas e privadas no sentido de liberar verbas para o soerguimento da Indústria Naval Brasileira. Cabe agora ao Ministério Público e ao TCU investigar onde foi para a dinheirama injetada no setor tendo o governo como avalista.
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Filosofia - Agnósticos, Estes Desconhecidos

Agnosticismo não tem nada a ver com deuses, tem a ver com conhecimento

Agnosticismo tem origem na Grécia antiga

Agnosticismo não é como o Teísmo ou o Ateísmo.
Agnosticismo não tem nada a ver com deuses (Theos).
Tem a ver com conhecimento (Gnosis)
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Jornalismo - As Imagens e a Idolatria Surda

 Uma imagem pode falar mais do que mil palavras mas nem sempre as pessoas querem ouvir o que ela diz.

atriz representou martírio dos excluídos

"Guardai, pois, com diligência as vossas almas, pois nenhuma figura vistes no dia em que o Senhor, em Horebe, falou convosco do meio do fogo;
Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher."

Os hebreus contaram há milhares de anos em seus escritos sagrados sobre como seu Deus se achegou a eles,  mediante seus profetas, e os proibiu terminantemente de adorar a imagens. Recentemente tivemos um exemplo contundente do quanto a adoração de imagens pode se tornar tão perniciosa ao ponto de despertar os instintos assassinos do mais pio dos religiosos, dando razão aos profetas.

Fez sucesso nos jornais e por toda a internet a foto da transsexual que "ousou" desfilar na Parada Gay de São Paulo representando uma figura semi nua, ensanguentada e crucificada. Por conta da associação imediata da performance artística com a conhecida imagem da crucificação de Jesus exposta em todas as igrejas católicas a atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, sofreu os mais diversos ataques e ameaças por toda a internet vindas até mesmo de não católicos, para quem as imagens usadas na liturgia católica sempre foram alvo de críticas acirradas.

Manipulação política usa a adoração de imagens para deturpar a simbologia artística da apresentação

Em um dado momento um meme com a falsa notícia de que ela teria sido assassinada, mostrando uma foto do que seria seu cadáver encontrado nu com os braços abertos em um terreno baldio, chegou a ser comemorado por cristãos fervorosos. Chegaram ao cúmulo de atribuir o suposto desfecho trágico à interveniência de seu amoroso Deus. "Com Deus não se brinca" bradaram aos sete cantos da internet pelas redes sociais afora. A maioria dos religiosos cristãos deveria estar envergonhada pela reação dos que dizem comungar da mesma fé. Esse Deus que esses muitos (porque foram muitos) dizem adorar definitivamente não é aquele mesmo Deus de amor, da compreensão e da ternura o qual Jesus teria anunciado na Galileia. Se fosse, quiça eles seriam mais tolerantes.

A intolerância fala mais alto entre os cegos

Os que idolatram imagens tendem a se apossar de seu objeto, não permitindo que se lhes faça qualquer outra alusão senão aquela que eles convencionaram. E aí reside o perigo da adoração de imagens. Na interpretação do significado da imagem. Quando não se distingue a diferença entre o objeto representado e a imagem pessoal que se tem dele. Para o adorador de imagens toda imagem idolatrada por ele só pode ter como objetivo o de ser adorada e qualquer aparente distorção  dada ao significado daquela imagem poderá ser digno de um apedrejamento moral, quando não beiramos à barbárie do apedrejamento físico.


Viviany Beleboni explicou em entrevista que quis com sua representação (sim, ela é atriz) expor o sofrimento e a perseguição a que estão sujeitos muitos homossexuais. Um sofrimento que por vezes chega às vias da execução sumária de pessoas cujo único crime é ser diferente da maioria. Nisso ela viu a analogia dos tantos mártires mortos pela crucificação no passado, entre os quais o Jesus Nazareno certamente é o caso mais conhecido, embora saibamos que ele não foi o único a ser mortificado desta maneira, entre tantas outras formas de martírio que a intolerância humana pode imaginar. Mas quem adora a própria imagem que faz das imagens não pode alcançar a amplitude do tudo que uma imagem pode significar.
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Política - Analfabetismo Democrático

Uma verdadeira reforma política deveria começar e terminar no indivíduo. Na forma como encaramos a política e as instituições


Cunha Festeja Vitória Junto com Baixo Clero da Câmara
  Cunha Festeja Vitória Junto com Baixo Clero da Câmara   

O sistema de Democracia Representativa que de fato nos governa foi empurrado goela abaixo por políticos que arbitraram que o povo é burro demais para se envolver nas questões administrativas e institucionais do governo. Levando em conta que muitas pessoas ao lerem este primeiro parágrafo não tenham a mínima ideia do que eu estou falando, devo admitir que eles tiveram uma certa medida de razão ao instituí-la. Democracia Representativa dita de uma maneira bem simplória para que todo mundo entenda é um sistema onde a única obrigação política do cidadão é escolher seus representantes pelo voto na época das eleições e a partir daí deixar todo o trabalho com os eleitos. Eles sim, entendem muito bem como funciona o jogo. E se não entendem vão aprender rápido, sob pena de serem engolidos por uma máquina bem azeitada, que está em movimento desde os idos de 1889.
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Religião - A Lei e a "Maldição Hereditária"

A interpretação que introduz o falso conceito de "maldição hereditária" precisa ser desmascarada

Dicionário de Strong
Dicionário de Strong

A questão é tão absurda que fez por merecer um artigo próprio. Trata-se de um professor de teologia escrever um artigo se vangloriando de ter humilhado um aluno com seu conhecimento sobre um tal conceito de "maldição hereditária" supostamente contido no livro do Êxodo e de como este mestre deixou seu pupilo aparvalhado ao ser-lhe mostrada uma crassa contradição a este conceito no livro de Ezequiel. Incitado pelo espantalho criado pelo professor, o aluno passa a acreditar que há mesmo uma maldição hereditária sobre os hebreus ( e por extensão da interpretação sobre toda a humanidade) a partir da lei mosaica e entra num círculo vicioso de contradições ao tentar reinterpretar a citação de Ezequiel de modo que esta reafirme a suposta maldição do Êxodo.

Segue então a citação dos textos do Êxodo onde o alegado professor de teologia baseia seu equivoco hermenêutico:
Não te encurvarás a [imagens] nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. (Êxodo 20:5) 
O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração. (Êxodo 34:6,7)

Os filhos pagarão pelos pecados dos pais?

Onde nestes textos se lê que "os filhos responderão pelos pecados dos pais" como quer a interpretação tacanha de um professor de teologia que usa de seu alegado conhecimento para tripudiar sobre a fé de seus alunos? Em lugar nenhum, está claro. Mas então o que realmente significa "visitar (hebraico pawkad' - nº 6485 do dicionário de Strong) a iniquidade dos pais sobre os filhos"? Significa apenas o que está escrito: que o Deus dos hebreus visitaria a iniquidade dos pais sobre os seus filhos. 

Isso mesmo! Ao dar maus exemplos com o proceder errado (como adorar imagens no primeiro caso) os pais pecam contra seus filhos e esta "iniquidade dos pais sobre os filhos" não passaria despercebida ao julgamento do Deus. E se os filhos continuarem a pecar contra seus filhos a iniquidade deles também não será perdoada em cada geração que isso acontecer. A lei visa proteger aos filhos do proceder pecaminoso dos pais contra eles, por seus maus exemplos, ao contrário de penalizá-los pelo pecado dos pais.

A simples leitura do texto pelo que está escrito já tornaria desnecessária qualquer interpretação, se não tivesse sido distorcida pela arrogância do professor de teologia.

Assim vemos que Ezequiel concorda com o conceito explícito na lei de Moisés quando vaticina que cada um pagará pelo seu próprio erro:
Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? 
Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. 
(Ezequiel 18:2,4)
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Economia Movediça

O desperdício de dinheiro público chegou ao seu ápice neste trimestre. Acabou o dinheiro.


Economia do Brasil está afundando

Depois da fase daquilo que eu chamo "economia midiática", onde o Ministro da Economia anterior divulgava projeções otimistas para o futuro como se fossem atuais e torcia para que a repercussão das boas notícias divulgadas as tornassem verdadeiras, nos deparamos com um ambiente onde o choque de realidade é desanimador. O atual condutor da economia do país, o Ministro Joaquim Levy, veio a público comunicar a amarga constatação de que "o dinheiro acabou"
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Esportes - Como Fica o Futebol?

Brasileiros indiciados pelo FBI por envolvimento em esquema de corrupção na gestão comercial do futebol latino americano.


Bomba na gestão comercial do futebol
Bomba na gestão comercial do futebol

Trocadilhos infames à parte é evidente que a detenção de oito dos principais dirigentes da FIFA, entre eles o brasileiro José Maria Marins, presidente da CBF até abril deste ano, vai ter algum efeito, seja ele positivo ou negativo para o universo Futebolístico, dependendo do ponto de vista.

Fica como dantes no país de Arantes

Na melhor das hipóteses, tendo uma visão mais otimista, a FIFA terá de rever as condições em que conduz suas negociações, criando um ambiente onde haja alguma transparência de modo a que possam ser acompanhadas de perto e fiscalizadas, não apenas pelas partes envolvidas, mas também pelo público interessado. Mas para o futebol mesmo, falando do jogo em si dentro das quatro linhas, não acredito que vá haver grandes mudanças.

As acusações até onde se pode apurar aqui de fora não envolvem manipulações de resultados ou favorecimento a um ou outro time ou seleção. De modo que qualquer esperança de mudança deverá se restringir ao futebol enquanto negócio milionário. Questões como classificações e ranqueamentos, bem como os títulos conquistados por cada agremiação em particular não devem ser alterados, a não ser que se juntem novos elementos ao que foi noticiado até agora.

O fato é que sete dos dirigentes foram pegos de surpresa pela ação coordenada entre o FBI e a polícia suíça nesta quarta-feita 27/05, enquanto se reuniam num hotel de luxo de Zurique para fechar questão sobre a reeleição de Joseph Blatter para mais quatro anos à frente da FIFA. O FBI foi acionado em razão dos acusados terem usado o sistema financeiro estadunidense nas transações. enquanto o interesse suíço no caso se dá a partir da suspeita de que bancos suíços tenham sido usados para lavagem de dinheiro. O esquema milionário envolvia o pagamento de propina por empresas de artigos esportivos interessadas em patrocinar os eventos futebolísticos, sendo a maioria delas americanas e daí o envolvimento direto do FBI nas investigações. Diferentemente da maioria dos demais países das Américas, os Estados Unidos protegem aos seus. Também há a suspeita de favorecimento de empresas de marketing esportivo, responsáveis pela distribuição dos direitos de transmissão das partidas de futebol para as empresas televisivas no esquema de suborno. Não pesam acusações contra nenhuma das empresas televisivas, que estão sendo consideradas até o momento como sendo vítimas no processo.

No Brasil sempre houve ilações sobre o envolvimento de brasileiros em esquemas de corrupção e enriquecimento ilícito dentro do futebol, no entanto nunca houve abertura de inquérito ou investigações no sentido de se apurar as acusações e já há quem julgue o episódio como no mínimo vergonhoso para a nossa polícia federal.
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Política - O Crepúsculo

Avaliação da atual situação política da Presidente Dilma Rousseff na visão de uma conceituada revista inglesa.


Crepúsculo Político de Dima no poder


A revista inglesa The Economist publicou no último dia 25 de abril uma matéria onde se refere a presidente Dilma Rousseff como "O Fantasma do Planalto" e faz referência à pesquisa DataFolha onde 63% dos entrevistados se diriam a favor de seu impeachment. 

O artigo justifica o título primeiro com o fato de a presidente ter sido constrangida a entregar o controle da economia a um economista da Escola de Chicago que agora se ocupa do corte de gastos e subsídios o que seria, ainda segundo a revista, um verdadeiro anátema para o PT. Joaquim Levy teria pela frente o desafio de recuperar a credibilidade na economia brasileira junto ao mercado externo.
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Política - Vitimismo Manifesto

30 de março de 2015 - Manifesto petista conclama a militância política a um retorno ao passado e se diz vítima da oposição


Manifesto petista é vitimista


Considere-se esgotada a capacidade do Partido dos Trabalhadores de sensibilizar as massas pela tática reiterada do vitimismo a que tem recorrido ao longo de sua existência. Tome-se por prova disso a pouca repercussão que o Manifesto divulgado pelos representantes dos diretórios regionais do PT no dia 30 de março teve. 
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Política - Saudosismo Inoportuno

30 de março de 2015 - PT conclama as bases da militância a retomarem o sentimento que havia nos anos '80


PT quer voltar às origens

Representantes dos diretórios regionais petistas elaboraram um manifesto em defesa própria. Não faz parte das propostas, mas da introdução às propostas, a vontade de "promover um reencontro com o PT dos anos '80". Cabe aqui colocar-se em perspectiva o que realmente era o PT dos anos '80.
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Política - Diálogo Entre Mentirosos

Quando se combate mentiras com mentiras, quem sofre é o povo


Políticos mentirosos
Desenho de Attílio Mussino

Já até faz parte de nosso folclore popular o saber que quando um político promete demais ele está mentindo. E mesmo apesar das mentiras manifestas os eleitores ainda votam neles, porque já faz parte da cultura votar em mentirosos, senão, em quem mais poderíamos votar? O eleitor tem por critério votar naquele que mente menos, ou no que pelo menos as mentiras não cheguem a alterar drasticamente o que já está estabelecido antes das eleições.
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Filosofia - Agnosticismo, Saber ou Não Saber?

Quem tem certeza de algo deve saber do que está falando

Agnosticismo é confissão de ignorância

É cada vez mais frequente encontrar alguém que se declare Agnóstico.
Isto não raro causa alguns constrangimentos quando muitos não sabem como se posicionar em relação  ao agnosticismo. Os que recorrem às ferramentas de busca na internet se deparam com as páginas que pretendem explicá-lo e saem delas com a impressão de que esse negócio de agnosticismo seja muito complicado mesmo. Mesmo os que se dizem agnósticos em geral não entendem as implicações filosóficas pertinentes ao significado do agnosticismo.

Alguns equívocos precisam ser desfeitos e mitos em torno do termo devem ser quebrados pelo bem daqueles que estariam sinceramente dispostos ao debate franco.
"Eu sou Agnóstico: não tenho a pretensão de saber o que muitos ignorantes tem certeza que sabem."
 Clarence Darrow

O que o agnosticismo não é


O agnóstico não é “ateísta”. Porque o ateu nutre a certeza do conhecimento de que os deuses não podem existir. Tampouco ele será “teísta” porque o teísta acalenta em seu íntimo a garantia de que Deus(es) existe(m). 
O agnóstico não afirma certezas sobre coisas não observadas. O agnosticismo define um homem desprovido de fé. Alguém que não tem fé nos homens que afirmam conhecer aquilo de que não sabem como explicar ou demonstrar empiricamente.

A ignorância a que se refere o termo agnosticismo em seu sentido literal, remete à postura de quem não aceitam a imposição do consenso comum como definitiva do conhecimento, seja lá em que área do pensamento humano se apliquem, enquanto tais conclusões não puderem ser demonstradas e cientificamente provadas pelo método.

Como se dá então que digam por aí que agnósticos podem ser ateístas ou teístas?


Premissas formam a base de onde partem as presunções do conhecimento sobre qualquer assunto. A despeito de sua importância na formulação das teorias fundamentais, o agnóstico sabe que uma premissa não será verdadeira ou falsa enquanto não se esgotarem todos os recursos necessários à investigação de suas afirmações.

Há quem resuma todo o conhecimento a duas premissas básicas que poderiam levar a finalidade na razão de tudo. A primeira se refere à hipótese de que deuses possam existir enquanto a segunda nega peremptoriamente esta possibilidade.

- Existem os que se dedicam a investigar a plausibilidade dos argumentos que defendem a existência de uma força inteligente que a tudo rege e o agnóstico que optar por este caminho estaria disposto a por a prova tudo o que pareçam apoiar tal possibilidade, sem no entanto se apegar a nada. O agnóstico que fala da possibilidade da existência de deuses, como objeto de seus estudos, poderá então ser confundido com um “teísta”.

- No segundo caso existem os que optam por se concentrar nos argumentos que pretendem sustentar a inexistência de deuses, colocando cada um deles à prova. Se aprofundando nesta análise, o agnóstico se referirá  aos argumentos usados na fundamentação da premissa da não existência de deuses com mais frequência, dando margem a que digam se tratar de um ateu. 

Não é raro acontecer de o agnóstico se dedicar mais a um conceito que ao outro, conforme a escolha que fizer no princípio de sua busca. No entanto o agnóstico que se perder num destes caminhos, se deixando convencer pelos argumentos de parte a parte, fatalmente deixará de ser agnóstico ainda que insista em continuar a usar o termo para definir-se.

Opostos que se atraem

O agnóstico não terá uma postura que se oponha ao conhecimento. Poderá mesmo aceitar alguns pontos como parte do todo, mas dificilmente como definitivos de tudo. Não tendo uma postura negativa para com o conhecimento, não se pode afirmar que agnósticos que partam de premissas diferentes sejam filosoficamente adversários. Pelo contrário, os dois tipos, independente da linha de raciocínio que tenham escolhido seguir, terão em comum a suspeita de que nada do que costumam afirmar a respeito possa ser tomado como expressão do conhecimento. E é esta desconfiança que os une sob uma mesma definição. Não são teístas nem ateístas. São agnósticos.

Afinal, o que é agnosticismo?

O agnóstico será aquele que tem consciência de sua ignorância da razão de tudo, enquanto desconfia de quem diga saber aquilo que ele mesmo não sabe. Pode se contentar por continuar sem saber, decidindo que saber ou não não faz diferença para sua vida prática. Ou pode passar sua vida questionando as diferentes acepções que pretendam afirmar o conhecimento baseado em premissas conflitantes, sem talvez nunca chegar a algo conclusivo.

Ou pode ainda se render aos apelos das verdades inferidas, fazendo opção por acreditar numa ou várias delas, concluindo que os indícios encontrados sejam definitivos, uma vez que aceite a impossibilidade dos argumentos em contrário. 

No último caso porém, deixará finalmente de ser agnóstico.
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A Banalização do Jornalismo

O jornalismo exige uma responsabilidade que a maioria das pessoas não tem

jornalismo



A obrigatoriedade do diploma de nível superior como exigência para o exercício da profissão de jornalista foi promulgada por uma junta militar durante a ditadura que vigorou no Brasil entre abril de 1964 e março de 1985. Mais precisamente em 1972, em meio às críticas ferrenhas que o governo militar sofria por parte do chamado jornalismo alternativo, em plena vigência do Ato Institucional número cinco (AI-5), era editado o decreto-lei que pretenderia regulamentar a profissão de jornalista exigindo entre outras coisas a formação superior em comunicação social e o consequente registro profissional junto ao Ministério do Trabalho.
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Economia - O Conto do Vigário

Pré-Sal:  nunca na história deste país houve um conto do vigário igual.

Potencial produtivo da Petrobrás em cheque

Ninguém sabe ao certo como começou nem a origem do nome. Mas quase todo mundo sabe como funciona o Conto do Vigário. Alguém aparece com a promessa de lucro mirabolante. E tudo o que se tem de fazer é um pequeno investimento para levar uma grande vantagem. O folclore popular conta a história de um vigarista que, há muito tempo, convenceu uma rica família carioca de que seria procurador dos herdeiros do francês que projetou o Cristo Redentor. E vendeu o para os ricaços, prometendo que eles passariam a ter os direitos sobre a visitação da estátua.
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Política - Petrolão ou Mensalão? Eis a Questão!

Se o Mensalão fosse devidamente investigado, o Petrolão não existiria.

As diversas faces da corrupção


A série investigativa conduzida pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein do jornal americano The Washington Post durante o que ficou conhecido como o Caso Watergate é tida por muitos como a melhor reportagem investigativa do jornalismo mundial. Os indícios e as provas coletadas por estes dois jornalistas levou à renúncia do ex-presidente Nixon a partir da comprovação de seu envolvimento num escandaloso caso de espionagem contra o então partido da oposição nos Estados Unidos.

A certa altura eles atribuem a um informante (que mais tarde se soube era ninguém menos que Mark Felt, o próprio presidente do FBI na época) uma frase que eternizou-se na versão cinematográfica do caso, o filme "Todos os Homens do Presidente". O informante dizia que o meio mais rápido deles chegarem a verdade dos fatos investigados seria seguindo o rastro do dinheiro usado no escândalo. E foi o que eles fizeram.

"Sigam o dinheiro!"

Num caso como o Mensalão aqui no Brasil, perguntaríamos quanto dinheiro seria necessário para se comprar o apoio de mais da metade dos parlamentares no Congresso e no Senado para aprovação dos projetos do Executivo. Alguém logo concluiria que precisariam de muito dinheiro. De onde então poderia vir todo o dinheiro necessário para comprar os votos de mais da metade dos representantes do Legislativo?

Hoje vemos a Polícia Federal se orgulhar por estar conduzindo a melhor e mais bem sucedida investigação de sua história. Chamam-na de "Operação Lava-Jato". Se este é o caso mais bem sucedido da história da Polícia Federal, talvez fosse melhor nem tentarmos conhecer os seus fracassos.

Antes de qualquer coisa precisamos lembrar aos ilustres investigadores federais que eles chegaram ao ex-diretor da Petrobrás quase por acaso, quando investigavam a um caso corriqueiro de lavagem de dinheiro que tinha um doleiro como suspeito. Nada tão extraordinário quanto o que se desenrolou a partir deste ponto. Aconteceu de o ex-diretor estar tão convicto da impunidade que o esquema quase perfeito lhe garantia, que nem se deu ao trabalho de esconder a Range Rover que ganhou do doleiro em agradecimento por seus bons serviços prestados ao esquema.

E é somente a partir desta Range Rover na garagem de um ex-diretor da Petrobrás que passamos a assistir estupefatos a sucessão de escândalos que recebeu da mídia sensacionalista o nome de "Petrolão". O jornalismo trata o "Petrolão" como se fosse mais um caso de corrupção e não tivesse nada a ver com o "Mensalão", ao qual deram por encerrado há quase dez anos após a prisão de meia dúzia de pessoas envolvidas.

Este é o grande erro que a Polícia Federal tenta esconder a todo custo com seu loquaz discurso de competência e que a mídia faz questão de corroborar, dando um novo nome e uma roupagem ainda mais sensacionalista ao caso.

Na realidade não existe "Petrolão". Trata-se ainda daquele mesmo "Mensalão" que nunca foi desbaratado mas que, pelo contrário, continuou a todo vapor por mais dois mandatos presidenciais. Como a lendária Hidra de Lerna, o esquema apenas teve uma de suas cabeças cortadas, mas sobreviveu e se tornou ainda mais forte, envolvendo em seus tentáculos corruptores outras áreas da sociedade organizada.

Tivessem nossos denodados investigadores acatado o conselho que o "Garganta Profunda" deu no caso Watergate, teriam se perguntado de quanto dinheiro precisariam para comprar o silêncio e o apoio irrestrito de tantos corruptos. Teriam concluído que seria necessário muito dinheiro. O próximo passo seria seguir o dinheiro. Esse simples ato que passou a fazer parte do bê-a-bá das investigações os levaria direto à sede da maior empresa estatal do país.

Afinal, de onde mais poderia ter vindo tanto dinheiro?

Em vez de um ato pirotécnico ensaiado para acalmar os ânimos do mercado em polvorosa, eles poderiam ter desbaratado de vez o maior esquema de corrupção da história mundial.

E de quebra, quem sabe, ainda levariam consigo o mérito de terem salvo a Petrobrás.
Há quase dez anos!
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